Durante a infância, Ana era constantemente comparada com seu irmão mais velho, João, que era mais organizado e estudioso. 

Sua mãe sempre lhe dizia: “Ana, olha como o João tira 10, olha como ele é organizado, seja igual a ele”. 

Além disso sua mãe frequentemente elogiava João na sua frente, exaltando como João era inteligente, estudioso e organizado.

Cada vez que Ana passava por esse tipo de situação ela se sentia diminuída. Sentia que ela não era boa o suficiente, que por melhor que fizesse, nunca estaria a altura de agradar sua mãe. 

Tempos Depois…

Ana cresce, se torna uma adulta. Consegue desempenhar um bom trabalho profissional e tem consciência de que é boa no que faz. 

Entretanto, quando um colega é elogiado por outros colegas ou pelo chefe na sua frente, imediatamente ela sente um DESCONFORTO… 

Se sente diminuída, começa a duvidar da sua capacidade. Se questiona se é realmente competente. Fica até com medo de ser demitida. 

Sente inveja, incomodada.

Ana sente aquelas emoções negativas e não sabe o que fazer.  Tenta reprimir, afinal de contas ele não pode demonstrar aquilo e agir como uma criança. 

Mas a sensação está ali!

Ela nem tem consciência do porquê se sente daquele jeito. Sofre com sua reação emocional e não sabe o que fazer com isso.

O que aconteceu?

É que foi ativado em Ana a carga emocional das memórias de quando era criança e seu irmão era elogiado na sua frente, acionando a sensação de inadequação e de não ser bom o suficiente. 

Mais tarde…

Quando Ana chega em casa em uma conversa com seu marido, ele faz um elogio a capacidade de uma amiga que eles tem em comum. 

Ana disfarça, mas fica tomada pela raiva… E minutos depois arranja um motivo qualquer para começar uma discussão.